sábado, 20 de junho de 2009

Fobia de cozinha




Pois é, para quem não sabia da existência desse distúrbio... (muito comum aqui em casa) Muito prazer, deixa eu me apresentar, pois sou o próprio exemplo dele (bem que eu não ligaria de ser mandada para estudos, num tenho feito nada de interessante mesmo rsrsrsrs): “Oi, meu nome é coelhinha amedrontada (meu nome foi alterado para manter minha identidade em sigilo), tenho esse distúrbio desde que nasci, não posso passar perto da cozinha que alguma coisa dá errado. Já tentei me disfarçar sabe, para ver se o problema está comigo ou se é só coincidência, mas não deu certo, a cozinha sempre me reconhece, aí sempre deixo alguma coisa cair no chão. Na verdade isso varia muito sabe, desde quebrar coisas, até explodir panelas de pressão. Eu realmente não sei porque isso acontece, eu não sou uma pessoa desastrada, até botar os pés na cozinha. Talvez seja a pressão de ter que saber cozinhar, sabe aquele negócio de “mulher que é mulher tem que saber cozinhar”, coisa que eu acho nada a vê, mas minha mãe insiste em dizer. Eu sempre fui pressionada, e acho que é por isso que ainda me atrevo a entrar naquele lugar cheio de armadilhas do mal que alguns chamam de cozinha. (falando nisso, vocês já repararam que todos os objetos de cozinha podem ser armas fatais? E que a maioria deles já foi usado como arma branca por assassinos psicopatas? Pensem nisso...)”
Isso é sério, e na realidade é um pouco pior... mas, apesar da minha fobia, esse final de semana não me deixei abater por esses “acidentes corriqueiros” e decidi enfrentar meu medo de frente... fui até a cozinha (para o desespero da minha mãe :p). Foi aí que eu percebi que não só a parte física da cozinha me assusta... lendo o caderno de receitas, meu cérebro deu um nó. Alguns termos são muito estranhos: “flambar”, “refogar”, “abafar”, “acamar”. Sem falar em alguns pratos: “fricassé”, “macaxeira”, “dobradinha”, “escondidinho” (bem coisa de mãe botar as coisas no diminutivo). E os ingredientes: “Arroz parboilizado” (é só arroz?), “Papel-manteiga” (é de manteiga mesmo, jura???), “Farinha de rosca”(como assim, farinha de rosca???) “bicarbonato”, “aceto balsâmico”(é para cozinhar ou fazer uma bomba química?)... Parei de tentar entender e decidi pensar sobre a injustiça do mundo, as desigualdades sociais, a economia dos países emergentes... é mais fácil.
Por isso eu admiro as pessoas que sabem fazer isso, é uma arte, onde eu nem me atrevo a ser artista. Então, parabéns a VOCÊ que sabe fazer um arroz soltinho, parabéns por você conseguir essa proeza, é sério. Eu admiro pessoas que escolhem qualquer receita de um livro e fazem igual a foto (as minhas receitas ficam meio que primas próximas, a da foto, mais precisamente primas de 7º grau de parentesco, se é que tem parentesco no 7º grau... hump!). Admiro os que não procuram (como eu) por receitas cujo título seja: fácil, simples, rápida e gostosa! (afinal deve-se desconfiar desse tipo de propaganda, eu aprendi a lição: na maioria das vezes o “gostosa” não acompanha o “fácil, simples e rápida”, acreditem!). Admiro quem lembra de marcar o tempo sempre que põe algo no fogo..., quem consegue fazer algo sem se queimar..., quem “já pode até casar”... Mas enfim, chego à conclusão de que é preciso ter dom sim...
... e eu só me esforço!!!


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